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Osteoporose

  • Foto do escritor: AlfaClinic
    AlfaClinic
  • 7 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

Dra. Aline Teixeira Bueno Muniz

Ginecologia/Obstetrícia/Uroginecologia

CRM-SP 99055


A Osteoporose é caracterizada pela diminuição do conteúdo mineral dos ossos, deixando-os mais frágeis e predispondo-os ao aumento do risco de fraturas espontâneas ou depois de uma pancada. É uma doença silenciosa, e, muitas vezes, o primeiro sinal que ela apresenta já é a fratura. A Fundação Internacional de Osteoporose estima que ao redor do mundo aconteçam cerca de 9 milhões de fraturas por ano, uma a cada três segundos. Por isso, trabalhamos para ter o diagnóstico antes que a fratura ocorra, buscando evitar esse quadro tão devastador. A prevenção deve ter início na infância, ou seja, durante a vida toda e não apenas após a menopausa. A estratégia para a manutenção da saúde óssea envolve dieta adequada e atividade física regular, evitando hábitos de vida nocivos ao sistema esquelético, identificando fatores de risco e realizando o diagnóstico precoce para iniciar o tratamento no momento apropriado. Os ossos são tecidos dinâmicos, que vivem se renovando. Durante a adolescência, eles estão em crescimento e essa é a época em que mais ganham cálcio. Então, é essencial que a pessoa, nessa fase, mantenha uma dieta nutritiva rica em cálcio, proteínas e vitamina D e que ela pratique atividades físicas, visando ao maior ganho de massa óssea possível. Vale ressaltar que manter uma vida saudável nesse período é crucial, pois o indivíduo ganha 95% da massa óssea até os 19 anos e os outros 5% até atingir os 25. O gasto do cálcio e da remodelação óssea altera-se com o passar do tempo: até os 25 anos, existe a formação; dos 25 aos 50, ela fica estável; e a partir dos 50 é só desgaste. A vitamina D também é essencial para os ossos, e 80% a 90% dela advém da síntese através da pele com a exposição solar direta, especificamente da radiação ultravioleta B (UVB), sem filtro solar. O ideal é tomar sol de 15 - 30 minutos duas ou três vezes por semana nos braços e pernas.


FATORES DE RISCO


Ser mulher, ter 60 anos ou mais, ser da raça branca ou asiática, ter antecedente familiar para osteoporose e ter tido fratura prévia, artrite reumatoide e diabetes, estar abaixo do peso; ter feito ou fazer tratamento com medicamentos que levem à perda de massa óssea, por exemplo. glicocorticoides, principalmente; consumir álcool em excesso, ser fumante e sedentário.


TRATAMENTOS


A grande importância quando se trata de osteoporose é o diagnóstico precoce com a identificação de fatores de risco – e, se indicada, a realização do exame de densitometria óssea. Uma vez diagnosticada, há uma variedade de tratamentos medicamentosos eficazes que são individualizados e contínuos como a necessidade da adequação de cálcio e vitamina D, da prática de atividade física, evitando hábitos de vida danosos à saúde óssea, e da prevenção de quedas. Quanto à atividade física, o ideal é a caminhada três vezes por semana, por 40 -50 minutos podendo acrescentar musculação ou pilates, somado a exercícios de flexibilidade e equilíbrio, visando à prevenção de quedas. Natação e hidroginástica não são indicadas quando se quer melhorar a saúde óssea.


CUIDADOS NECESSÁRIOS


A fratura mais comum é a vertebral, quando a coluna vai se compactando e muitas vezes ocasionando deformidades; a segunda, e a mais devastadora, é a de quadril (chamada também de fêmur ou de bacia); e a terceira é a do antebraço. No Brasil, há cerca de 121.700 fraturas de quadril por ano, um número assustador. E grande parcela é decorrente de queda e dessas, 70% acontecem dentro de casa. A residência não deve ter tapetinhos escorregadios, piso molhado, móveis baixos no caminho, e ter sempre uma luz acesa à noite. Os idosos devem andar com calçados confortáveis, com solado antiderrapante, de preferência sem cadarço. O impacto é enorme: em um ano, após uma fratura de quadril, 20% das pessoas morrem e 80% não conseguem mais fazer as atividades do dia a dia.



 
 
 

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